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O Interior [Não Conta]
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ORTEUM
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Hoje acordei meio tonto com tanta falsidade no tele-ponto Farejam como cães, cobiça traz o caos Mandam a justiça embora montada nas suas naus Neste mar de lacraus, já nada importa Sentem-se frios nessa pele de cobra Cada hora passa rápido de mais Embora eu foda os meus momentos finais Não há nada para os demais ver o sangue de rivais E sorri quando se apagarem os sinais vitais Xau, não sou propriamente mau Só tento saltar fora do mundo Donde não conhecem ideias que corroboram Isso é ridículo, confundiram um circo com um círculo De amigos, da onça, é aqui que o lado negro mora Se existe um criador tenho a certeza que chora Ao olhar pa' vocês, ver a merda que fez Mete a corda ao pescoço até perder a lucidez Agarrado ao conforto essa merda dá-me sono Sem lições de moral já pr'aí desde do nono E nunca me serviram de nada Continuo mesmo drunk a salivar a almofada A desesperar como um carocho quando a dose acaba A pensar saltar pa' um poço a ver se afoga a mágoa Gostava de voltar a ser o que era, cara inocência Mas corpo sem resiliência ou será paciência São cães, é desumano vê-los a posar na montra Nunca chegam ao tutano porque o interior não conta Porque o interior não conta Vês-me sempre com o anzol na boca A festejar o fim do mundo com uma de Logan Pronto a meter o sol na sombra caso amanhã cá esteja O interior não 'tá na equação Morre e deseja sorte a quem vê a morte e beija o vão E é em vão a frustração Querem se fazer ouvir mas não têm munição Nas costas do cabrão eu vejo as minhas E só vi contos e histórias De falsos e [traíras?] Mete all-in em cada dia quando um passo é desafio Metes-te o pé na poça ao quereres o brilho em vez do brio O criador já não chora agora risse A ver um filme onde porcos se matam nesta imundice É tudo fake diss, é tudo feito crise Se há um falhado lá em cima, é bom que se responsabilize Manipula-me um pouca, puxa esse fio Dá vida a este corpo, mania aqui sombrio À sombra do holocausto de onde nunca saiu Dum território nefasto com cadáveres no rio O interior não conta muito menos pa' quem partiu Não acredito em milagres nem em quem nunca se viu É um facto, mitos foram criados Para eles fazerem criados por criados Parvos endividados, quase todos fardados A ver quando a bolha rebenta Para nadarem na sebenta Do que lhes foi ensinado Carrega esse fardo e passa-o ao teu son Eu meto álcool na ferida como o Nucky Thompson O exterior é esculpido, interior não comove Quem vive de aparências chega a velho e morre Com tanta fome de correr afundam-se em soporíferos Com mais tempo mortos do que vivos É o único incentivo Desculpem se não fico comovido Desculpem se não fico comovido Com este final estúpido Porque o interior não conta Vês-me sempre com o anzol na boca A festejar o fim do mundo com uma de Logan Pronto a meter o sol na sombra caso amanhã cá esteja O interior não 'tá na equação Morre e deseja sorte a quem vê a morte e beija o vão
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