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Mudar
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Mudar, mudar, mudar (I see no changes) Os anos passam, o gosto fica requintado Dispenso tudo que sai de novo Gosto de tudo que seja raro O novo som não me arrepia, não é do meu agrado Cuidado, fui descongelado no ano errado Um selvagem educado com o cérebro ocupado A manter o monstro que tenho cá dentro controlado Todas as noites na cama, eu tenho aquele pensamento Por isso eu custo a adormecer e durmo pouco tempo Somos filhos de uma relação precária Prefiro a minha foto na esquadra que a tua na funerária Faço parte da vеlha guarda, meus valores não mudarão Não tenho vida virtual, minha rеal tem muita ação A minha música não é fácil de ouvir Também não foi fácil sentir Será mais difícil sem ti O ser humano é todo igual Teus problemas são os meus A b*t*h que me deixou, aquele tropa que morreu Tudo histórias mal contadas que eu sei de cor Só vou desta para pior quando for desta para melhor Porque mudar não dá, eu tenho imunidade Escolhi o meu caminho com pouca idade A casa é minha, és convidado Somos poeira, outros aquilo que tem na carteira Ninguém é falso debaixo da terra, espera Há um destino para cada E só sabe o seu aquele que nunca muda Não vale a pena fugir será sempre a mesma luta Desse pão que ninguém amassa Sem água que até embaça E não me engasga, eu tenho uma vontade que rasga a garganta Se for preciso dar-te, porque ainda tenho tanta Tinta na caneta e areia na ampulheta Meu corpo não dorme, só medita e só me dita Que o sono é o primo da morte Logo não se deita Mudar, mudar, mudar (I see no changes) Para que é que eu vou mudar Se eu 'tou bem no meu canto Só sabes é falar e já falaste Portanto relaxa, copo cheio de branco Imagina o fumo, entretanto muitos rapazes Não se cruzam, muito menos mudam Quê? Fizeste o quê? Ninguém sabe, já bateu metade Que és diferente? Abre a escala Mudam logo se vier à pala Comem tudo o resto queres que mude Sempre foi assim o grupo Tudo como dantes Portanto não faço como tu, azar Porque é que eu vou mudar? Porque é que eu vou mudar? Meu avô só me pergunta: "Quando é que arranjas um trabalho?" Fazer crescer [mente miúda?] sem escolher ir por atalho Sol a sol, graúdo o pirralho Yes I know Eu sou infantil, ainda acredito no Halloween, bro À mulher dos outros ainda pergunto se eu amparo Ainda sujo a água só para ficar a ver mais claro E se queres dar a volta ao mundo Primeiro tu dá a volta ao bairro Não vou tentar mudar enquanto eu já estou no ponto Tenho em conta As pessoas que eu gosto, que eu amo Mas cada macaco no seu ramo Ovelhas negras não precisam de pastor Para chegar ao éden Com os olhos em bico à Son Sempre chinelo e mocasin Não vou mudar por mais nenhuma b*t*h Que me apresente a maçã Meu pão por mim ninguém amassa Julgamentos não são ameaça No dia que eu me tornar comercial como a [Ligue Un?] Vão dizer que eu sou da onça 'Tou-me a cagar eu parto a loiça Porque para vocês eu tenho mais retórica do que o Louçã Mudar, mudar, mudar (I see no changes)
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