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TELA EM BRANCO
by
Zudizilla
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Menos mal que eu tenho os discos Na vitrola rola jazz Tela em branco, alguma tinta Melotinta e mais um deck Menos mal que eu tenho os discos Menos mal que eu tenho meus vícios (menos mal) Menos mal que eu tenho meus vícios Menos mal que eu tenho os discos Na vitrola rola jazz Tela em branco, alguma tinta Melotinta e mais um deck Menos mal que eu tenho os discos Menos mal que eu tenho meus vícios Menos mal que eu tenho meus vícios Yeah, ahn Almejei o sucesso igual todos Não tropecei no sucesso igual tolos Não voltarei sem sucesso daqui Minha meta é o brilho do ouro em minha alma Minha meta é o brilho das joias mais caras também Minha meta é o brilho da voz na quebrada, porém Eu não posso salvar o mundo, eu sei disso Parte do meu próprio mundo veio do meio disso Meus preto continuam no meio disso Pensa: a estreita estrada, a jornada tem os seus riscos Sem ser visto, pa**ei por maus percalços Só fui salvo por meus vícios Perto do abismo eu sigo Entre a coragem do fraco e medo de tanta responsa Mente sem trava faz com que algo me impulsione Indecisões à parte Emano luz e sigo na sombra Depressões à parte Miles, Thelonious, Mingus e Coltrane Menos mal que eu tenho meus vícios Menos mal que eu tenho meus vícios Menos mal que eu tenho os discos Na vitrola rola jazz Tela em branco, alguma tinta Melotinta e mais um deck Menos mal que eu tenho os discos Menos mal que eu tenho meus vícios (yeah) Menos mal que eu tenho meus vícios (yeah, yeah) Atravessei o céu e o mar Mesmo só tendo pouco Mesmo só entre vários Mesmo só crendo em meus próprios meios Meus próprios planos que me colocam à parte Porém, rota de confronto, eu me encontro Não com o corre dos outro Eu colido com meu próprio sonho Me desfaço em pedaços e monto meu Reinado eu construo em escombro Intranspa**ável, instransponível, impetuoso igual um dono Sem espaço pra ego inflado ao redor do meu trono Nem espaço pra espírito opaco, sou igual ao meu povo Nefasto igual chaga com os branco Sou praga no mic, na rima sou ágil igual a**alto a banco Preciso igual skydive, eu preciso de outro crivo Outro vinho, outros pensamentos de finais mágicos E não finais trágicos como eu avisto Invisto no risco, eu vim pra virar o disco Saí de lá pra correr risco Eu vim buscar o que não preciso Menos mal que eu tenho os discos Na vitrola rola jazz Tela em branco, alguma tinta Melotinta e mais um deck Menos mal que eu tenho os discos Menos mal que eu tenho meus vícios Menos mal que eu tenho meus vícios Menos mal que eu tenho os discos Na vitrola rola jazz Tela em branco, alguma tinta Melotinta e mais um deck Menos mal que eu tenho os discos Menos mal que eu tenho meus vícios Menos mal que eu tenho meus vícios Obrigado, meus descendentes Sequestraram Pegaram meu ouro Pegaram o ouro da nossa mineração Cêis pegaram tudo Cêis roubaram meu ouro Roubaram minha ciência Roubaram os meus livros Roubaram meus cientistas Levaram meus livros Ya, trouxe grande parte do que não posso viver sem, comigo Porém muito mais ficou pra trás ou se perdeu no caminho Eu não posso mais pensar nisso Tenho que ir em frente, é preciso Não é só por mim, mas se fosse eu também não desisto Corre, sofra, chore, morra, ressuscite-me Não traia os meus princípios quebrando a porra do limite Que foi dito, complexão do seu raciocínio Não é que soltamo? Meu som é antidepressivo Pena que pra mim o efeito é placebo Pode até fingir muito bem que eu percebo Pode suc*mbir que eu tô firme Pode me pagar em dinheiro Pode torturar o meu físico É o psico que tá me fudendo Ya, é saudade de outro eu memo Dá vontade de voltar no tempo Sabendo que isso não vai ser possível Vai, aceita, vira o disco e risca outra tela e beba Seda recheada de frustração, eu taco fogo Cena recheada de encenação, eu taco fogo Essa é a ópera preta Três atos sobre a trajetória do preto que conseguiu burlar o sistema para que continue preto Eu me lembro, eu me lembro muito bem Eu me lembro muito bem que eu tava muito bem Que eu tava de boa, tava tranquilo Eu tava construindo ciência lá no Nilo Tava muito bem Até vocês aparecerem Eu vi vocês nascerem Eu vi o início de vocês Eu ensinei vocês, eu dei tudo pra vocês, eu dei ciências pra vocês Mas mesmo a**im vocês pegaram e tiraram de lá Tiraram a gente de lá, a gente teve que fugir lá pro deserto No meio do deserto, chegando no Atlântico Próximo do Atlântico a gente fez um outro reino A gente ficou rico A gente teve ouro A gente teve diamante A gente teve tudo A gente teve ciência A gente reconstruiu aquilo tudo que vocês destruíram Lá no Nilo, a gente construiu A gente tava bem Meu pai fez isso Os meus descendentes descobriram as Américas
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